O desenvolvimento do modo de vida neolítico deu aso a um contínuo crescimento demográfico que, na região, se traduziu, ao longo de quase 2000 anos (Neolítico antigo e médio), numa época de paz, em que os amplos espaços deixados vazios pelos grupos mesolíticos, foram absorvendo os contínuos excedentes demográficos. A colonização agro-pastoril da Península Ibérica, feita do litoral para o interior, deixou, neste processo, poucos espaços por ocupar.
No final do Neolítico médio (e talvez durante), começaram a ser construídas as primeiras sepulturas protomegalíticas e os menires foram entrando em desuso, alguns deles reutilizados nos novos monumentos funerários.
O êxito do "projeto neolítico" (crescei e multiplicai-vos...), acabou por ter um impacte considerável sobre a paisagem: o alastramento das clareiras para obtenção de combustível (aquecimento, cozinha, cerâmica) e práticas agrícolas pouco sustentáveis, foram empobrecendo o capital natural, degradando os ecossistemas e reduzindo a produtividade.
No limite, o desequilíbrio entre população e os recursos deu origem à guerra.