O Tempo das Pedras Grandes 2
As antas (ou dolmens) correspondem, no Alentejo Central, à segunda fase do megalitismo.
São monumentos funerários (os menires eram apenas memoriais), tecnicamente muito mais complexos, alguns dos quais, na nossa região, atingiram dimensões colossais, como é o caso da Anta Grande do Zambujeiro, em Évora, ou da Anta Grande da Comenda da Igreja, em Montemor-o-Novo.
Originalmente, eram cobertas por um monte de terra e pedras, a mamoa, mas, no Alentejo Central, a maioria das mamoas sofreu alguma erosão e o esqueleto pétreo ficou, frequentemente, a descoberto...
As antas foram precedidas por monumentos funerários de menores dimensões, as chamadas sepulturas protomegalíticas, cuja maior concentração relativa ocorre nas imediações do Freixo do Meio (monumentos da Herdade do Deserto).
Na mesma época em que se começaram a construir as antas, apareceram grandes povoados rodeados de fossos, muralhas de adobe, paliçadas, que traduzem, a par das antas, o extraordinário incremento populacional a que o desenvolvimento do neolítico conduziu.
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