Ex Oriente Lux
O impacte do comércio fenício, no Alentejo central, começou a fazer-se sentir, a partir do sec. VIII a.C., com a introdução da arquitetura quadrangular, da escrita, da metalurgia do ferro, do torno de oleiro, de uma ourivesaria sofisticada e, em termos mais gerais, com a chegada de novas ideias e valores.
O resultado traduziu-se em cerca de 300 anos de paz, durante os quais muitos castros foram abandonados, dando lugar a um povoamento rural disperso, de base agropecuária, em que a oliveira e a vinha parecem ter sido as principais inovações.
A maior concentração de sítios desta época (sec. VIII-V a.C.) foi, até ao momento, identificada na bacia do Guadiana.
O último dos monumentos megalíticos alentejanos foi construído algures pelos sec. VII-VI a.C...
Na verdade, por enquanto, apenas se conhece um exemplar deste tipo, o alinhamento da Tera, em Pavia.
É constituído por uma linha de menires escalonados, apontando para uma área com enterramentos em urnas cinerárias, delimitada, por sua vez, por pequenos monólitos,
Note-se que este monumento se localiza numa área muito próxima de um recinto megalítico neolitico que, de algum modo, pode ter inspirado os construtores (o recinto de Vale d'El Rei).
De qualquer modo, não deixa de ser curiosa a semelhança entre o Alinhamento da Tera e o monumento de La Fossa, em Itália, mais ou menos contemporâneo.
Note-se que os menires que compõem este monumento se distinguem bastantes dos congéneres neolíticos, por serem manifestamente mais esguios e angulosoв,
Nas proximidades do Freixo do Meio não se conhece, até à data, nenhum sítio da 1ª Idade do Ferro.
Se lhe interessa ler mais sobre o tema: